Já reparam como nós somos todos tão parecidos? As pessoas,
os seres humanos?
Identificamo-nos uns com os outros.
Podemos ver filmes ou ler livros de autores da China,
Brasil, África, América ou Portugal e identificamo-nos com os personagens ou
com as suas histórias.
Porque no fundo, na nossa essência, somos todos iguais.
Todos sentimos as mesmas emoções.
Depois há quem desenvolva mais os sentimentos bons ou os
maus.
Todos nós, ou pelo menos quase todos, sentimos compaixão por
quem sofre com os fenómenos naturais como um tsunami, ou um terramoto. Ficamos
horrorizados e com pena daquelas pessoas, conseguimos pôr-nos no lugar delas e
sentir o que elas sentem ao perderem os filhos, companheiros, pais ou perderem
os seus bens.
Há quem alimente o ódio o que os leva a ter atitudes
extremas, como por exemplo os terroristas.
Há quem alimente o bem e seja altruísta e movimente causas.
Mas os sentimentos e emoções, estão lá.
Eu verifico isso mesmo, nos textos que escrevo e na forma
como tantos se identificam.
Temos muito mais a unir-nos do que a separar-nos.
E às vezes, quando julgamos os outros, era bom que nos
lembrássemos disto.
Somos todos humanos.
E temos muito mais semelhanças do que diferenças.
Ana Silvestre
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