Todos nós tendemos a seguir ou promover aquilo com que nos
identificamos.
Não há ciências exactas para nada. O que hoje é verdade,
amanhã pode ser mentira.
Para uns nutricionistas, por exemplo, o leite é um alimento
valioso e aliado na nossa alimentação, outros discordam completamente e dizem
que só nos faz mal e que nós somos os únicos mamíferos que continuamos a
bebê-lo depois de adultos.
Uns psicólogos dizem que as crianças não devem levar
trabalhos para casa, é mais do que suficiente aquilo que já trabalham na
escola. Outros no entanto dizem que é benéfico, que lhes ensina a
responsabilidade e que é um treino para o futuro.
Como nestes exemplos que eu acabei de dar existem inúmeros
outros, estou agora a lembrar-me das crianças que dormem com os pais, uns dizem
que destrói completamente a criança no sentido em que lhes retira a autonomia,
outros dizem que promove a segurança.
Eu cá por mim, sigo o meu instinto.
Leio bastante sobre aquilo que me preocupa e procuro
informar-me de maneira responsável. Depois, como todos os outros, faço aquilo
que me faz mais sentido.
Algumas vezes acerto, noutras, erro. Mas pelo menos, tento
manter a minha consciência tranquila.
Ana Silvestre
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