06 janeiro, 2015

Dez anos de amor


O meu pequenino faz hoje dez anos. De pequenino ele já tem muito pouco, mas para nós cá em casa, será sempre o pequenino. É o meu terceiro filho. É um menino muito meigo e muito inteligente.

Nasceu às seis horas e dezanove minutos.

Quer ser cientista.

Faz também hoje oficialmente dez anos que eu me tornei uma MATI – mãe a tempo inteiro.

E digo oficialmente porque esta era uma decisão que eu tinha tomado ainda antes de engravidar.

Decidi, juntamente com o meu marido que se fosse para ter outro filho, seria mais vantajoso para todos eu ficar em casa com eles.

Comuniquei a minha decisão ao jornal onde trabalhava, no mesmo dia em que anunciei que estava grávida. Contei-lhes os meus planos e ofereci-me para arranjar substituta e assim fiz.

Desde o meu primeiro filho que eu sentia a necessidade de acompanhar o crescimento deles de outra maneira, ao terceiro, tinha reunido as condições para tal.

Muita gente achou que eu me iria arrepender. Nunca me arrependi. Ponderei muito bem aquilo que queria e se era possível e só avancei quando soube que estava preparada.

Todos os dias agradeço a Deus pelo privilégio que tenho. Sei que não todas, mas algumas mulheres gostariam de fazer o mesmo que eu e não podem.

Eu sou muito feliz com a decisão que tomei. Os meus filhos ao princípio ficaram felizes, depois começaram a não gostar de ter sempre a mãe em casa, não dá muito jeito quando querem fazer farras cá em casa…

Se fosse hoje, voltava a fazer o mesmo. Não há dinheiro que pague as horas que passei com eles.

Agora vou-me despachar que tenho de ir cantar os parabéns à escola e levar um bolo feito por mim, privilégio de uma mãe a tempo inteiro.

Ana Silvestre

Sem comentários:

Enviar um comentário