Estava hoje a conversar com uma senhora que me contava que
uma colega sua de trabalho, tirava férias sempre sozinha. Ou seja quando o
marido tirava férias, ela trabalhava e depois ia ela de férias, com o resto da
família.
Estas coisas espantam-me sempre. É que eu gosto tanto mas
tanto da companhia do meu marido, que o que mais quero é ter férias com ele e
passar os fins-de-semana e feriados ao seu lado.
Custa-me a entender como as pessoas aguentam uma vida ao
lado de alguém, cuja companhia as incomoda.
Contava-me ainda essa senhora que a outra dizia que os
homens em casa só incomodam. Eu não sei como são os outros homens, mas garanto
que o meu marido não me incomoda mesmo nada.
Ajuda-me em tudo, passeamos os dois. Passa por mim dentro de
casa e diz-me que me ama, faz-me cócegas, faz-me rir até me doer a barriga,
faz-me mimos e surpresas. Abraça-me e beija-me. É a esta vida que eu estou
habituada.
E posso dizer que desde criança que eu decidi que iria ter
um casamento feliz. Tive outros namoros e fui sempre eu a terminar porque sabia
que não era aquilo que eu queria e eu sempre soube muito bem o que queria.
Os meus pais separaram-se quando eu tinha quinze anos e que
eu me lembre nunca se deram especialmente bem e eu sempre me senti bem em casa
de colegas em que havia harmonia dentro de casa, e tive o exemplo dos meus avós
que namoraram até morrer.
A sério que não entendo como as pessoas se sujeitam a
casamentos assim. Nunca entendi e acho que já não vou entender.
Ana Silvestre
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