Eu não sou para todos, foi a essa conclusão que cheguei já
há algum tempo.
Num mundo em que as pessoas dissimulam os seus sentimentos,
emoções e pensamentos, eu de facto não me insiro.
Nunca me senti incluída nesse tipo de mundo. Sempre chorei
quando me apeteceu, sempre disse aquilo que sentia, sempre defendi os meus
pontos de vista e sempre senti que muitas pessoas ficavam espantadas com a
minha maneira de ser, isto para não dizer pior, porque algumas penso que até
ficam chocadas.
As pessoas estão habituadas a dissimular o que sentem, a não
abraçarem quando têm vontade, a não dizerem abertamente que gostam de alguém
simplesmente porque gostam. As pessoas escondem o choro, porque chorar em
público na opinião delas revela fraqueza.
As pessoas estão sempre de pé atrás com quem é franco e
directo, sempre subentendendo segundas intenções. Sempre analisando e pensando
se o outro será mesmo assim.
Eu sempre segui a minha intuição. Não me tenho dado mal.
Eu de facto não sou para todos, como nem todos são para mim.
Sou unicamente para os que me vêem como sou e me aceitam.
Ana Silvestre
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