16 dezembro, 2013

Alimento-me de afectos

Eu alimento-me de afectos
Dos abraços e beijos do meu marido, da forma carinhosa como me trata
Do seu peito, que me serve de almofada, das mãos dele que se tornam as minhas luvas, dos braços que se transformam no meu casaco
Alimento-me dos beijinhos e abraços dos meus filhos, dos elogios que me dão, da forma como demonstram que me amam, dos seus olhos brilhantes e dos seus sorrisos
Eu alimento-me dos olhos dos meus irmãos, quando olham para mim e sinto todo o amor que sentimos uns pelos outros, dos risos deles quando relembramos a nossa infância
Eu alimento-me dos abraços dos amigos, das festas que me fazem nos braços ou nos cabelos e dos beijos e abraços que lhes dou
Eu alimento-me do abraço da minha mãe, do seu cheiro, dos cabelos e de quando me chama de sua querida e seu amor
Eu alimento-me de afectos, de tanta gente que me trata bem, da bondade das pessoas que não tem limite, que se oferecem para ficar com os meus filhos, que se oferecem para tudo o que eu precisar quando os tempos estão difíceis.
Eu alimento-me de gestos simples mas cheios de significado, como um telefonema, um café tomado à pressa, só para me dar um beijinho. Um tacho de comida feito em casa de amigos e trazido para a minha casa, só para podermos estar juntos
Eu alimento-me do amor que me dão e tento retribuir de todas as formas que me lembro, não sei se algum dia vou conseguir retribuir todo o amor e carinho que tenho recebido.
Obrigada a todos
Ana Silvestre

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