14 janeiro, 2015

Os sinais que a vida nos dá


Onde muitos vêem coincidências, eu vejo sinais.

Onde muitos passam pela vida sem tomarem atenção aos pormenores, eu fico a pensar neles e a minha intuição diz-me que vão fazer sentido mais à frente.

E penso que estas características me fazem diferente de algumas das pessoas.

Desde criança que eu reparo em sinais, que Deus ou a vida me dá. E retenho-os na minha memória, muitas vezes sem saber explicar a razão.

Mais à frente eu entendo-os. Parecem um puzzle, que só depois de encaixadas as peças, passa a fazer sentido.

Tal como há pessoas que dão muitos erros ortográficos e por muito que vejam uma palavra bem escrita, não aprendem a escrevê-la, ou também, quem diz uma palavra de forma incorrecta e por muito que a tentem emendar, repete sempre como repetia.

 Há pessoas que se escrevem uma palavra mal, assim que entendem que não estava correcta, passam a escrevê-la correctamente, ou quando pronunciavam mal uma palavra, uma vez que foram emendadas nunca mais se esquecem.

São pessoas que retêm aquilo que aprendem e usam esse conhecimento.

Vou dar-vos apenas um pequeno exemplo, porque tenho muitos mais.

Os meus pais não se davam bem, aguentaram o casamento durante dezasseis anos, não sei bem porquê, talvez porque tivesse de ser assim e as coisas só terminam quando têm de terminar.

As minhas melhores amigas durante a infância tinham os pais que eu considerava perfeitos. Quando eu as visitava nas suas casas, sentia-se a harmonia. E eu ficava atenta aos pormenores e analisando as diferenças entre aqueles casais e os meus pais.

Os meus avós, com quem eu passava quase sempre as férias também se davam muito bem.

E então desde criança, eu decidi que havia de ter um casamento assim. Ao analisar os outros, eu percebi que era possível ser diferente. Eu percebi que tinha a possibilidade de ter um casamento completamente diferente do dos meus pais.

Se eu não tivesse os avós que tive ou as amigas que tive, provavelmente não saberia que havia alternativas.

Como esta, tenho muitas mais “coincidências” na minha vida, como por exemplo o dia e a forma conheci o meu marido, mas essa fica para outra ocasião.

Ana Silvestre

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