A confiança é algo que se constrói com o tempo. Ouço muita
gente queixar-se de que o companheiro ou companheira não têm confiança nelas. Como
ouço filhos queixarem-se do mesmo ou mesmo alguém em relação aos amigos.
Para nós confiarmos em alguém é necessário que a pessoa
demonstre que realmente é digna da nossa confiança. Se contarmos um segredo
nosso a um amigo e mais tarde viermos a saber que ele o contou a outros, onde
fica a nossa confiança nele?
A mesma coisa quando nos mentem constantemente, às vezes
coisinhas que até nem têm importância, mas se nos mentem uma vez porque não
mentirão outra e desta vez se calhar em algo mais grave?
Eu tenho bastante dificuldade em lidar com a mentira, se me
mentem, dificilmente voltarei a confiar naquela pessoa. Ficarei sempre de pé
atrás.
O mesmo acontece em relação às promessas, há pessoas que
passam a vida a prometer coisas que nunca cumprem, que confiança é que isso nos
dá?
Por isso é que eu digo que prefiro mil vezes surpresas do
que promessas.
Porque é que muitas pessoas não confiam nos companheiros? Talvez
porque já foram enganados por outros ou simplesmente porque as acções dessas
pessoas não correspondem àquilo que dizem.
Dizem para o parceiro ou parceira terem confiança neles e
depois têm comportamentos menos próprios com outros. Não é saudável, alguém
querer provocar sentimentos de ciúme no outro, isso é infantil e não é amar.
Porque quem ama não gosta de fazer o outro sofrer e se vê
que o seu comportamento provoca insegurança no outro, modifica-o. Isso é que é
amar.
Amar é fazer tudo para ver o outro seguro e feliz.
E os filhos se querem que os pais confiem neles, têm de
demonstrar que são dignos de confiança. Demora.
Ana Silvestre
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