16 novembro, 2014

Desistir dos sonhos


Custa-me ver as pessoas a desistirem dos seus sonhos. Custa-me a entender que alguém se ache demasiado velho para poder ser feliz.

Talvez me custe porque sempre fui uma pessoa optimista, sempre fui de lutar por aquilo que queria.

Sempre adorei surpresas e sempre me perguntei e fiquei expectante em relação ao meu futuro. E ainda hoje penso muitas vezes no que o futuro me reservará.

Uma das minhas avós tirou um curso aos cinquenta anos, outra mudou de casa aos setenta e tal. Talvez esteja nos meus genes, esta alegria de viver, este achar que o fim só chegará quando eu já estiver morta.

Enquanto há vida há esperança. Enquanto tivermos sonhos, não morreremos.

Enquanto há vida, há sempre a hipótese de tentarmos modificar o que está mal, de aprendermos com os nossos erros. Há sempre hipótese de pedir desculpas, de fazermos de novo e desta vez, diferente.

Não gosto de desistentes, de quem cruza os braços e desiste de viver.

Gosto de quem abraça a vida com alegria, de quem imagina e inventa formas de tornar os outros mais felizes, de quem prepara surpresas e de quem dá uma boa gargalhada.

Ana Silvestre

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