Queria tanto dar-te alento
Olhar-te nos olhos e prometer que vai dar tudo certo
Iluminar o teu rosto de esperança
Dar-te cor às bochechas
Voltar a ouvir-te rir como rias antigamente
Passearmos pela baixa à procura de tecidos para a avó nos fazer vestidos novos
E depois pararmos na Suíça ou na Confeitaria Nacional para lancharmos, como fazíamos quando eu era criança
À noite podíamos parar num bar de música ao vivo e cantarmos à desgarrada com o cantor
E voltarmos para casa animados pelo som do bar ou entoando as nossas canções
Despedíamo-nos com um beijinho e um até amanhã, na certeza de que amanhãs nunca nos iam faltar, porque tínhamos a vida inteira à nossa frente
Ana Silvestre
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