14 janeiro, 2015

Não tenho religião


Há muitos anos que optei por não professar qualquer tipo de religião. Porquê? Porque pela minha experiência própria constatei que as religiões separam muito mais do que unem.

Quando alguém opta por se juntar a uma determinada religião muitas vezes acaba por se afastar dos outros membros da família e amigos. Muitas vezes não o faz de modo consciente, mas ao adoptar certos comportamentos e regulamentos da mesma, isso dita o seu afastamento dos que lhe estão mais próximos.

Muitos dir-me-ão que se sentem muito mais felizes e que essa foi a opção que os fez felizes. E eu aceito. Não podem é impor aos outros, nem mesmo aos filhos a sua crença.

Se acredito em Deus? Acredito sim. E muito, se calhar muito mais do que alguns que têm religião.

E falo com Ele e agradeço-lhe e peço-lhe conselhos.

Mas optei por não professar nenhuma, porque sinceramente acho que Ele prefere assim.

Acho que Ele não quer ninguém disposto a matar em seu nome. Acho que o que Ele sempre pretendeu foi que houvesse amor e compreensão entre todos.

Acho que Ele deve estar estupefacto com o que se faz em nome dele.

Eu prefiro assim. Respeito todas as religiões e todas as pessoas, desde que também me respeitem a mim.

Sinto-me bem tanto numa igreja, como num terreiro ou mesquita.

Custa-me é ver incitações ao ódio, discriminações, julgamentos e castigos infligidos, por pessoas que dizem acreditar em Deus.

Mas quem sou eu para julgá-los? Só Ele o pode fazer. Peço perdão.

Ana Silvestre

 

 

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