15 abril, 2015

A mim, ninguém me muda


A mim, ninguém me muda. Já mudei, porque precisei, porque quis, nunca por imposição.

E já tentaram…

Nasci com as minhas verdades e certezas, outras aprendi-as ao longo da vida, através do sofrimento. Sim, principalmente, aprendemos através do sofrimento. É ele que nos faz crescer e aprender, muito mais do que a felicidade ou o prazer.

Mas nasci com a certeza absoluta de que iria ser feliz e não o era. Já fui infeliz, até bastante na verdade. Já chorei mais do que algumas pessoas chorarão alguma vez na vida.

Nunca fui de me queixar. Pari três filhos, sem epidural e sem soltar um grito.

Não tenho paciência para os queixumes de quem pensa que sofre mais do que os outros.

Nasci determinada. Quando quero muito alguma coisa, simplesmente não desisto.

Quando desisto, é para sempre.

Faço as minhas próprias escolhas e aceito as consequências.

Quando amo, amo muito e demonstro.

Quando não gosto, nota-se.

Mas como dizia a minha mãe «sou enxertada em corno de cabra», não é qualquer um que me verga.

Não acredito nas verdades dos outros, só sigo a minha intuição e a minha verdade.

A mim ninguém me obriga a gostar ou não gostar de nada nem de ninguém, simplesmente por ser essa a sua opinião.

Quem me acompanha é porque quer, porque gosta de mim. E sei que tenho alguns, não muitos.

Para alguns sou a estrela que os guia, para outros o ombro, o beijo, o conselho e às vezes o estalo na cara, para acordar.

Sou apenas e só uma mulher e gosto de mim como sou.

Tenho a consciência tranquila e não há nada mais apaziguador do que isso.

Ana Silvestre

 

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