Muitas pessoas perante o sofrimento e agruras da vida
fecham-se como ouriços cheios de espinhos à sua volta e não deixando ninguém
aproximar-se.
Eu não sou assim, simplesmente porque decidi não o ser.
Não quero ser uma pessoa amarga e azeda com a vida, não
quero passar os dias aos “ais” e a maldizer a minha sorte, não quero
revoltar-me quando as coisas não me correm bem.
Quero ser sempre positiva, quero mostrar aos meus filhos
como enfrentamos as adversidades e quero que eles saibam que por muito que as coisas
corram mal, há-de haver sempre dias melhores.
Por isso quando os meus amigos se oferecem para me ajudar,
eu aceito a sua ajuda.
Quando eu chegava do hospital, depois de ter ido visitar a
minha mãe e eles tinham comida pronta à minha espera, eu aceitava e comia com
satisfação, agradecendo-lhes do fundo do coração porque sabia que era a sua
forma de demonstrarem que estavam ali para mim.
A comida que eles preparavam para mim era uma forma de amor,
faria algum sentido recusar, simplesmente porque estava triste e cansada? Claro
que não.
Continuo sempre que me é possível a fazer jantares e a
convidar amigos para me acompanharem, muitas vezes nem me apetece porque estou
triste, mas sei que vai fazer-me bem, sei que quando eles se forem embora eu
vou estou melhor.
Todos nós passamos por provações difíceis na vida, cada um
encara-as como pode ou quer.
O importante é analisarmos as nossas reacções e ver se fazem
sentido.
Queremos ser amargos ou doces?
Ana Silvestre
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