17 dezembro, 2014

Queres ser amargo ou doce?


Muitas pessoas perante o sofrimento e agruras da vida fecham-se como ouriços cheios de espinhos à sua volta e não deixando ninguém aproximar-se.

Eu não sou assim, simplesmente porque decidi não o ser.

Não quero ser uma pessoa amarga e azeda com a vida, não quero passar os dias aos “ais” e a maldizer a minha sorte, não quero revoltar-me quando as coisas não me correm bem.

Quero ser sempre positiva, quero mostrar aos meus filhos como enfrentamos as adversidades e quero que eles saibam que por muito que as coisas corram mal, há-de haver sempre dias melhores.

Por isso quando os meus amigos se oferecem para me ajudar, eu aceito a sua ajuda.

Quando eu chegava do hospital, depois de ter ido visitar a minha mãe e eles tinham comida pronta à minha espera, eu aceitava e comia com satisfação, agradecendo-lhes do fundo do coração porque sabia que era a sua forma de demonstrarem que estavam ali para mim.

A comida que eles preparavam para mim era uma forma de amor, faria algum sentido recusar, simplesmente porque estava triste e cansada? Claro que não.

Continuo sempre que me é possível a fazer jantares e a convidar amigos para me acompanharem, muitas vezes nem me apetece porque estou triste, mas sei que vai fazer-me bem, sei que quando eles se forem embora eu vou estou melhor.

Todos nós passamos por provações difíceis na vida, cada um encara-as como pode ou quer.

O importante é analisarmos as nossas reacções e ver se fazem sentido.

Queremos ser amargos ou doces?

Ana Silvestre

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