27 novembro, 2013

Não guardem os sentimentos


Não guardem os sentimentos

Uma coisa que sempre me fez confusão desde criança foi as pessoas não falarem abertamente de sentimentos.
Eu própria nasci numa família onde os sentimentos não eram falados com naturalidade, mas eu não sei a quem saí porque nunca fui assim. 
Sempre fui uma grande chorona, sempre me emocionei facilmente perante o sofrimento dos outros e perante a alegria, nunca fui capaz de esconder os sentimentos.
Quando gosto de alguém não sinto constrangimento em dizer-lhe que a amo, não sinto constrangimento em abraçar e beijar, sempre compreendi que a vida é demasiado curta para deixarmos de manifestar o que sentimos.
Quando me apetece oferecer alguma coisa a alguém, ofereço. Quando me apetece fazer um bolo para oferecer a alguém, faço-o sem ter de ter um motivo especial, nem me preocupar com o que os outros vão pensar a esse respeito.
Fico triste com as mágoas que as pessoas guardam durante anos, às vezes uma vida, por não terem tido a coragem de falar na cara de quem as ofendeu ou magoou. Muitas vezes essas pessoas que magoaram nem o fizeram com intenção mas por não ter sido falado e explicado, provocou uma mágoa tão grande que acabou com uma amizade ou um amor.
Falem tudo o que tiverem que falar, chorem quando vos apetecer, não tenham medo de parecer lamechas, digam que amam quando vos apetecer, abracem as vezes que forem precisas, beijem sempre que vos apetecer.
Isto é um treino para muita gente, nem sempre é fácil, mas façam-no e vão ver que se vão sentir muito mais felizes.
Ana Silvestre

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